31 de março de 2009

A nossa Bagagem...

O Texto fantástico que alguém especial me reencaminhou, mas que não fui eu que escrevi...
"Sabes... Todos temos bagagens. E de todos os tipos... Intelectual, cultural, amorosa, profissional...
Ter bagagem não é necessariamente mau. Nós não viajamos sem bagagem quando vamos a algum sítio.
Contudo, quando planeamos a viagem e fazemos a mala temos o cuidado de pensar no que pomos lá dentro.
Se pensares bem, geralmente escolhemos as coisas que mais gostamos de usar, alguma recordação verdadeiramente importante, como uma foto de alguém querido, e arrumamos tudo direitinho para que na viagem a bagagem não se estrague.
Se por acaso, acontece ela perder-se, geralmente afligimo-nos e procuramos incessantemente por ela, ao ponto de pedirmos uma indemnização quando a recuperamos estragada. E no regresso, regra geral, costumamos trazer sempre mais alguma coisa do que levámos. Há sempre alguma coisa que trazemos como recordação dessa viagem. Algo de que gostámos muito, algo pelo qual nos apaixonámos. Uma coisa que vá ficar na nossa vida. E às vezes gostamos tanto da viagem que trazemos recordações dela para os nossos amigos. E quando nos dá a nostalgia temos tendência a ir ver fotos dessa altura. Como algo sempre presente que nos recorda o quanto fomos felizes.
O passado é um pouco assim. Só que com ele não costumamos ter o cuidado de o preparar. Achamos que ele sozinho lá se há-de arrumar e ainda por cima queremos que fique bem arrumado.
Acho que por vezes precisamos de planear uma viagem ao passado. O problema é que gostamos tanto de viver que nem paramos para fazer a bagagem. Partimos do princípio de que é por causa de não planearmos a viagem que esta vai correr melhor.
Mas nem sempre é assim... Todos sabemos que muitas vezes não é assim. E por isso a meio da viagem, interrompemo-la. Normalmente esse é um bom momento para fazermos a bagagem do passado. Olhar para dentro da nossa bagagem e começarmos a fazê-la do início.
Começar por escolher aquilo que queremos mesmo levar, aquelas coisas das quais gostamos tanto que já fazem parte de nós. Depois disso devemos por as coisas mais pesadas no fundo e no cimo as mais leves. E se ainda houver algum espaço podemos fazer uma de duas coisas: ou colocamos lá mais alguma coisa que achamos que nos vai fazer falta mesmo que saibamos que dificilmente fará, ou deixamos o espaço livre para trazer mais alguma coisa na viagem de regresso.
Essa decisão geralmente compete a cada um. Tem a ver intrinsecamente com aquilo que cada um de nós é e com a forma como pensa. Se um retiro nos fizer refazer a bagagem, acho muito bem que o façamos. Mas se pelo contrário acharmos que ainda vai ser mais difícil decidir o que levar na viagem, talvez essa não seja a altura ideal de interrompermos a viagem.

Até porque às vezes precisamos de alguém que faça a bagagem por nós, senão corremos o risco de nunca chegar a partir porque demorámos imenso tempo a decidir o que levar.
A quem já fixou o que é essencial na sua bagagem, já tem metade do trabalho feito.

Contudo, por vezes acontece, que muito do nosso passado marcante ainda ocupa um espaço de bagagem superior aquele que deveria, ou neste caso superior ao que lhe é permitido. Até porque como todos temos bagagem, se queremos partilhar uma viagem com alguém temos de saber abdicar de alguma da nossa bagagem, para que a bagagem desse/a companheiro/a de viagem também possa caber ao pé de nossa e possamos dessa forma iniciar uma viagem em conjunto.
E aí há que ter em atenção que não podemos opinar sobre o que cada um colocou na sua bagagem. A bagagem é uma coisa demasiado íntima e pessoal, para que seja fácil deixarmos que qualquer companheiro de viagem a analise. Normalmente quando alguém o faz, isso magoa-nos. É preciso já uma grande confiança para que possamos chegar a esse ponto. E mesmo quando lá chegamos, arriscamo-nos a sair feridos já por vezes nem nós sabemos se gostamos de toda a bagagem que decidimos levar nessa viagem.

É como te disse no início, todos temos bagagem(s).

Nem sempre temos é um espaço suficientemente grande que nos permite guardá-la no sítio que lhe destinámos."

28 de março de 2009

Tarde passada com a Maninha =)

Um dia tranquilo...mas tão bom!!
Hoje, sábado...é dia de acordar ainda mais cedo, sim...porque as piscinas também estao abertas ao fim-de-semana, lol, e butes lá ir trabalhar mais um dia que depois virá o merecido descanso...
A Manha a trabalhar e de tarde butes lá ir correr com a mana na marginal de gaia, o vento estava frio, mas nada que nos demovesse do que tinhamos destinado para a nossa tarde...hehe, foi mais um momento apaziguante, como sempre =) E após corrermos o suficiente lá paramos num cafézinho para pôr a nossa conversa em dia... É bom sentir que me percebes, que apesar das minhas escolhas nunca me abandonas-te, ainda que eu por momentos não estivesse no caminho mais certo, é reconfortante entenderes o que sinto e o que vai cá dentro...! Sentia falta desta paz que me trazes sempre que estamos juntas mana, é um sentimento que fica cada dia mais sólido... e por isso te digo o quanto te amo tanto mana =)
Depois um lanchinho em tua casa foi que nem, adorei...a casa está muuuito gira e é bom ver-te assim a voar...

Bem, e lá estou eu com lamechisses...para variar..."burro que nasce torto, tarde ou nunca se endireita", hehe...

Tudo para deixar aqui, que quando estamos com pessoas que gostamos mesmo (de Coração), não importa o que fazemos, nem onde estamos...o importante é estar com aquela pessoa, o resto é paisagem...e por isso, OBRIGADA MANA, por seres o meu maior Porto Seguro*

21 de março de 2009

De cada um de todos meus cansaços...

"... Que duro e triste não seja o olhar que persevera como uma candeia acesa ..."
(CAMINHOS, de Lucia Constantino)
......................................................
De cada um de todos meus cansaços(Célia de Lima)

"Que o meu olhar não seja duro e triste,
Meus ombros não se enverguem, já vencidos
Quando o dia mostrar anoitecidos
Os sóis dos meus desejos, no que insiste.
Que se abram as flores que tu viste

Semearem, oh,
Vento, em meus sentidos,
Os meus amados Mestres, decididos
Que eu nunca me perdesse... Resistisse!
De Amor eu vou compor a minha face,

Que desistir do Amor é retalhar-se.
E ainda cabem sonhos nos meus braços.
Cuidar das minhas luzes com carinho.

E ao transluzir no caos, tecer caminho
De cada um de todos meus cansaços;"

Haja sempre forças para vencer os cansaços, haja sempre forças para seguir o caminho anciado...!!

19 de março de 2009

Porque tu deixas em mim tanto de ti...!!

14 de março de 2009

...

SINTO-ME...


FELIZ =)


E DE BEM PARA COM O MUNDO...

9 de março de 2009

Amor e Amizade!

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare

7 de março de 2009

...

De quê?? De viver o perigo de quê?? Se o que mata mais é perder...
Esqueces que ás vez, quando falha o chão, o salto é sem medo e tenho de abrir as mãos...!!!

Nem tudo o que se parte, se volta a colar!!

3 de março de 2009

Sou uma espécie de carta de jogar...

Sou uma espécie de carta de jogar, de naipe antigo e incógnito, restando única do baralho perdido.Não tenho sentido, não sei do meu valor, não tenho a que me compare para que me encontre, não tenho a que sirva para que me conheça.E assim, em imagens sucessivas em que me descrevo – não sem verdade, mas com mentiras – vou ficando mais nas imagens do que em mim, dizendo-me até não ser, escrevendo com a alma como tinta, útil para mais nada do que para se escrever com ela.Mas cessa a reacção, e de novo me resigno.Volto em mim ao que sou, ainda que seja nada.E alguma coisa de lágrimas sem choro arde nos meus olhos, alguma coisa de angústia que não houve me empola asperamente a garganta seca.Mas ai, nem sei o que chorara, se houvesse chorado, nem porque foi que o não chorei.A ficção acompanha-me, como a minha sombra. E o que quero é dormir.

2 de março de 2009

Deixar partir...também doi!

Não aprendi a dizer adeus
não sei se vou me acostumar
olhando assim nos teus olhos
sei que vai ficar nos meus
a marca do teu olhar

Não tenho nada pra dizer
só o silêncio vai falar por mim
eu sei guardar a minha dor
e apesar de tanto amor
parece que para ti
será melhor assim

Não aprendi a dizer adeus
mas tenho que aceitar
que amizades vêm e vão
simplesmente ficarão
se alimentarmos de coração

Se tens que partir
que sejas feliz então...

Não aprendi a dizer adeus
mas deixo tu ires
sem lágrimas no olhar
mas teu adeus me machuca
o inverno vai passar
e suavizar a cicatriz
que aqui ficou

Não, não aprendi a dizer adeus
e agora que queres partir
sinto que magoa acreditar
numa amizade tão verdadeira
como de coração

Não sei dizer adeus
e ao partires...
só peço que guardes
tudo o que partilhamos

E por não saber dizer adeus
já só te quero ver na outra margem
e jamais na passagem...
Pff, deixa-me guardar esse pedaço
o pedaço que restou
e que ficará por todas a estações
da vida que alguém um dia idealizou!


Porque quem ama tem medo de perder...
Mas ao mesmo tempo amar é deixar a porta aberta, é deixar partir quando o outro sente essa necessidade...mesmo que doa, e dói, dói muuuuito!
Porque não existem barreiras que possam sobrepor-se á amizade desinteressada, pois ela não nasce da conveniência da razão, mas do interior do coração.
De meus mais intimos pensamentos, de uma porta que não fecha nem abre, de algo que ficou e marcou...nunca me arrependerei daquilo que dou, nunca me arrependerei daquilo que sou!!!

1 de março de 2009

Se eu não me quero Encontrar, Quererei que outros me encontrem??

Tenho pena e não respondo.
Mas não tenho culpa enfim
De que em mim não correspondo
"À outra que amaste em mim."
Cada um é muita gente.
Para mim sou quem me penso,
Para outros --- cada um sente
O que julga, e é um erro imenso.

Ah, deixem-me sossegar.
Não me sonhem nem me outrem.
Se eu não me quero encontrar,
Quererei que outros me encontrem?

Ricardo Reis



Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Fernando Pessoa